Ressonância magnética durante a gravidez

Ressonância magnética durante a gravidez

A ressonância magnética (RM) é uma técnica de imagem médica amplamente utilizada para obter imagens detalhadas de órgãos e tecidos do corpo, sem o uso de radiação ionizante. Contudo, quando se trata de grávidas, a realização desse exame requer uma atenção especial.

Existem situações específicas em que a ressonância magnética pode ser indicada durante a gravidez, como em casos de suspeita de anomalias fetais, problemas maternos graves, como tumores, ou ainda complicações como problemas placentários. Em muitos casos, os médicos preferem outras modalidades de imagem, como a ecografia, que é amplamente segura durante a gravidez. No entanto, a RM é a melhor opção quando são necessárias imagens mais detalhadas.

A segurança da realização de uma ressonância magnética durante a gravidez depende do período gestacional. Durante o primeiro trimestre, os órgãos e tecidos do feto estão no seu desenvolvimento inicial, o que torna essa fase particularmente sensível. Embora não haja evidências científicas concretas de que a RM sem contraste cause danos ao feto, a maioria dos profissionais de saúde prefere adiar o exame, a menos que seja absolutamente necessário. O motivo é a cautela em relação à exposição ao campo magnético nesta fase sensível do desenvolvimento fetal. As nossas Ressonâncias Magnéticas são equipamentos de baixo-campo, o que minimiza o risco relativo ao SAR (Aquecimento durante o exame).

A partir do segundo trimestre, ou seja, após as 12 semanas de gestação, quando o feto já se encontra mais desenvolvido, a realização da ressonância magnética é considerada segura e pode ser efetuada caso o médico responsável considere necessária para o diagnóstico de condições que possam afetar a saúde da mãe ou do feto. No entanto, a decisão de realizar o exame deve ser cuidadosamente avaliada, tendo em conta os benefícios e riscos envolvidos.

Um aspeto adicional a considerar é o uso de contraste durante o exame de ressonância magnética. O gadolínio, um agente de contraste utilizado para melhorar e avaliar as estruturas em relação à sua captação, pode atravessar a barreira placentária e atingir o feto, o que levanta preocupações quanto à sua segurança. Por esta razão, o uso de contraste é geralmente evitado durante a gravidez, a menos que os benefícios clínicos possam superar claramente os potenciais riscos para o feto.

Em suma, a ressonância magnética sem contraste é considerada uma técnica de imagem relativamente segura durante a gravidez, especialmente após o primeiro trimestre. No entanto, o seu uso deve ser restrito a situações onde a informação obtida seja essencial para o diagnóstico ou tratamento, e sempre após uma avaliação cuidadosa da necessidade do exame.